Para a entidade, o produtor precisaria colher seis sacos de arroz de 50 kg a mais por hectare, nos preços de hoje, só para pagar a diferença. Em torno de 9% das lavouras de milho e 1% das de soja são irrigadas no Estado. O cálculo se baseia em levantamento da Farsul em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-USP).
Conforme a federeção, o estudo levou em consideração o período compreendido entre as colheitas da safra 2014/2015 (em andamento) e da safra de 2015/2016, cujo plantio inicia em setembro. “Estamos nos antecipando aos problemas da próxima safra”, diz na nota Antonio da Luz, economista da Farsul.
Somente os aumentos na energia elétrica representam R$ 178 a mais de custo por hectare na cultura do arroz. O diesel, por sua vez, é responsável por outros R$ 40 de aumento, chegando ao crescimento de custo total de R$ 218 por hectare.
O segundo produtor mais impactado pelas medidas é o de milho. Nos preços atuais, ele deveria colher sete sacos a mais por hectare para pagar os ajustes nas contas – o que corresponde ao aumento total de custo de R$ 173 por hectare. Apenas o encarecimento da energia elétrica representa R$ 165 a mais de custo por hectare nessa cultura.
O produtor de soja terá um aumento de custo de R$ 165 por hectare por conta da luz – e R$ 172 somando energia elétrica e diesel. Para cobrir os novos gastos, o sojicultor deveria colher mais três sacos por hectare, de acordo com os preços atuais. O diesel fica mais caro em decorrência da volta do imposto Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que trará aumento de R$ 0,15 no preço do litro para as refinarias, segundo a Farsul.