Alta nos preços na Bolsa de Chicago e câmbio favorável reaquecem mercado de soja e milho

Com incertezas climáticas para a safra brasileira, produtor ainda está relutante em fechar negócios futurosO clima durante a colheita de grãos nos Estados Unidos e a valorização do dólar frente ao real favoreceram o mercado no Brasil. Mas diante das incertezas climáticas para a safra brasileira, o produtor está relutante em fechar negócios futuros.

Os preços dos grãos negociados na Bolsa de Chicago dispararam nos últimos 10 dias. A soja voltou a ser negociada acima dos US$ 10 por bushel. O principal fator que impulsionou a alta foi o clima adverso nos Estados Unidos.

De acordo com o analista de mercado Vinícius Xavier, existem a falta de farelo nos Estados Unidos também contribuiu para boa parte da alta. A valorização da moeda norte-americana também pode contribuir com o mercado de grãos.

As atuais cotações do dólar e da soja na Bolsa de Chicago melhoraram um pouco a comercialização, mas, mesmo assim, de acordo com analistas, muitos produtores ainda estão relutantes em fechar negócios. Até o momento foi comercializada menos de 15% da safra.

O milho também tem reagido, seguindo a tendência de alta das commodities negociadas em Chicago. O aumento do dólar e a chuva durante a colheita americana, também contribuíram para alavancar os preços.

O cenário de grãos já está definido nos Estados Unidos. O foco agora é a América do Sul. A questão climática no Brasil começa a trazer dúvidas em relação a próxima safra. Já se fala em redução da projeção de 92 milhões para 89 milhões de toneladas em função da falta de chuva. Apesar disso, os analistas não acreditam em quebra para a próxima temporada.