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Alta no preço do algodão deixa mercado apreensivo

Para setor, situação só deve ter melhora no segundo semestreO preço do algodão segue batendo recordes. Só em janeiro, o valor médio da pluma no mercado brasileiro subiu 137% em relação ao mesmo período de 2010. O resultado causa uma grande apreensão desde produtores, industriais e consumidores. Nas tecelagens, uma alternativa tem sido mudar o tipo de fio utilizado. Mas já existem casos de férias coletivas e até fechamento de fábricas.

No entanto, existem exceções, e o empresário Romeu Covolan é uma delas. Desde o ano passado, vem aumentando o estoque na tecelagem, que é uma das três maiores do país, para enfrentar a entressafra de algodão que só termina em maio. Quando no início de janeiro a média da libra-peso chegou a R$ 3,30, maior valor da história no mercado brasileiro, estava preparado. O difícil está sendo explicar para os clientes o aumento no preço. Ele trabalha há 40 anos no mercado do algodão e afirma nunca ter vivido uma situação como esta.

? Para nós, tem sido muito difícil trabalhar com este preço. Muito complicado para que nosso cliente aceite e entenda o repasse ? explica Covolan.

O valor do metro do tecido está sendo vendido para as confecções por até R$ 12, um aumento de 20%. E até o final do ano, segundo ele, pode chegar a R$ 15.

? Nós temos esta perspectiva de ainda este ano contar com algodão caro, porque o problema só vai ser solucionado no segundo semestre de 2012 ? acredita o empresário.

No cenário menos pessimista, a situação para a indústria só deve ter melhora a partir do segundo semestre, afirma Alfredo Bonduki, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). A previsão de safra recorde de algodão no Brasil, em quase dois milhões de toneladas, vai contribuir para isso.

? Vai dar um alento. Além do mais, os EUA e a Índia terão aumento de safra e a gente espera que os problemas com o clima que aconteceram no ano passado não se repitam. Os preços futuros para o segundo semestre na bolsa  já estão mostrando queda ? aponta Bonduki.

Mesmo assim, ele recomenda cautela à indústria.

? É preciso tomar cuidado, diminuir o capital de giro. Não dá para não repassar. É perigoso usar todo o estoque, você não vai ter como repor depois. E muita conversa, negociação. E estar ligado aos fornecedores para acompanhar de perto os preços ? orienta.

E o consumidor, afirma a analista Maria de Lourdes Yamaguti, logo vai sentir no bolso o aumento do preço.

? Ele vai ter que escolher, ou vai gastar ou ficar com o guarda-roupa do ano passado.

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