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Alta no preço dos alimentos e na demanda por energia deve elevar insegurança alimentar

Maior produção não será suficiente para garantir redução da fome no mundoO relatório Panorama Agrícola 2010-2019, publicado nesta terça, dia 15, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), projeta elevação da insegurança alimentar no mundo em função da alta nos preços dos alimentos e da maior demanda por energia.

Conforme o documento, os preços das commodities agrícolas devem seguir em elevação, embora não haja previsão de alta comparável ao pico registrado há dois anos. O relatório aponta aumento de 15% a 40% nos preços médios do trigo e cereais secundários ao longo dos próximos dez anos na comparação com 1997-2006. Já os preços dos óleos vegetais devem crescer 40%, enquanto produtos lácteos podem ter alta de até 45%.

O crescimento econômico sustentado em mercados emergentes é apontado como fator decisivo na elevação da demanda e, consequentemente, dos preços. A contínua expansão da produção de biocombustíveis, muitas vezes para cumprir metas estabelecidas pelos governos, também deve contribuir para aumento da demanda de trigo, grãos, óleos vegetais e açúcar.

Mais produção, mais fome

Embora o relatório aponte para níveis crescentes de produção agrícola, OCDE e FAO alertam que os recentes aumentos dos preços e a crise econômica seguem contribuindo para índices cada vez maiores de fome e insegurança alimentar. Estima-se que hoje cerca de um bilhão de pessoas sofrem com a desnutrição. Conforme o documento, além de aumentar a produção agrícola e a produtividade, é necessário rever os sistemas de negociação, garantindo a países mais pobres condições de competir de forma justa.

Volatilidade dos preços

A volatilidade dos preços representa uma séria preocupação para os líderes políticos em função de déficit/superávits de produção e da flutuação dos custos do petróleo, mas o Panorama Agrícola observa que, embora a variação dos preços no curto prazo deva ser alta, não há provas conclusivas sobre o seu comportamento a longo prazo para as culturas alimentares principais.

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