Pesquisadores do Centro de Estudos Avançado em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, comentam que, no caso do hidratado, o impulso para os preços vem tanto da oferta quanto da demanda. Conforme dados da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), apesar do aumento de 8,36% na moagem de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo no acumulado da temporada 2012/2013 (até o final de janeiro) em relação ao mesmo período da safra anterior, houve menor alocação de cana para o etanol em comparação ao açúcar.
No Estado de São Paulo, especificamente, o mix caiu de 47,23% da cana destinada ao etanol na safra 2011/2012 para 45,29% na 2012/13. Entre os etanóis, por sua vez, houve maior alocação para o anidro em detrimento do hidratado. Assim, a produção paulista de hidratado até o final de janeiro foi de 6,153 bilhões de litros, 10% menor que a do mesmo período da temporada anterior.
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Do lado da demanda, ainda segundo dados da Unica, houve aumento de 84% das exportações de etanol (anidro e também hidratado) da região Centro-Sul do Brasil de abril/12 a janeiro/13 frente ao mesmo período da safra anterior. Além disso, o reajuste no preço da gasolina no início deste ano fez com que parte dos consumidores optasse pelo uso do etanol hidratado, substituto do combustível fóssil. No caso do anidro, cujos preços vêm se mantendo firmes, a produção no Estado paulista subiu 19,2% no acumulado da temporada 2012/2013 frente ao mesmo período da safra anterior.
