Os levantes no mundo árabe, somados às consequências do terremoto no Japão, são a causa principal deste novo choque. O preço do barril, que flutuava entre US$ 70 e US$ 80 ao longo de 2010, já ultrapassou a barreira dos três dígitos e deve continuar subindo nos próximos meses.
O coordenador do setor de petróleo e gás da Ernst&Young, Dale Nijoka, diz que se “trata de uma nova forma de choque”.
? Os anteriores foram causados por embargos, guerras ou crescimento na demanda. O choque atual é causado por fatores geopolíticos ao longo de uma ampla área geográfica. Os mercados estão reagindo de forma proativa a potenciais problemas na oferta, não necessariamente com fundamentos reais. Não será um processo abrupto, como nos choques anteriores ? disse ao jornal O Estado de S. Paulo o diretor-executivo da Ernst&Young, Alexandre Rangel.
Segundo ele, “será uma elevação gradual e a grande preocupação é que os protestos atinjam a Arábia Saudita”, maior exportador de petróleo no mundo. Até agora, os levantes se concentraram em países como Síria, Iêmen e Egito, que não têm importância fundamental para o mercado de petróleo.