Para o pesquisador da Universidade de Brasília (Unb), Flavio Borges Botelho Filho, os números positivos refletem o bom momento do mercado e o uso cada vez maior de tecnologias.
– O aumento da área plantada de soja no DF se deve, principalmente a expansão da soja no Brasil como um todo. Como no DF temos uma produção muito tecnificada de sementes, isso impacta positivamente. A qualidade da semente é muito boa e isso expande a produção da região – salienta.
– O produtor de grãos do DF é muito sensível às invocações tecnológicas quase que automaticamente e repassa isso para a lavoura – afirma o gerente de levantamento e avaliação de safras Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Para a próxima safra, a expectativa é de que a produção de soja em todo o Brasil continue crescendo.
– Como a gente tem informações de que a demanda chinesa vai tender a se manter firme, isso cria um suporte para que o mercado estabeleça um quadro favorável para operações. Isso é um alimento que o produtor precisa para que ele aumente a sua área plantada – destaca Souza.
– A permanecer os preços e a subida do dólar, a situação dos produtores de soja será muito boa. Eles já estavam com uma rentabilidade em torno de 20% em torno do capital investido. Não se tem dificuldades de financiamento nesse setor e é esperado que a produção seja expandida – diz o pesquisador da Unb.
Segundo o agricultor Genésio Antônio Muller, plantar soja é um cheque na mão.
– Se eu tiver 10 mil sacas, duas mil sacas na mão você vende, em 48 horas já está com o dinheiro na conta – comemora.
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