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Altos custos e problemas na formação de preços prejudicam negócios com energia de biomassa

Governo leiloará nesta quinta 1,1 mil megawatts de reserva da fonte alternativaO governo realizará nesta quinta, dia 14, um leilão de reserva de energia a partir da biomassa, como bagaço de cana ou dejetos avícolas. A oferta deve ser de 1,150 mil megawatts, pouco mais da metade do previsto inicialmente, de 2,1 mil megawatts. Noventa e seis usinas estão habilitadas para ofertar a energia, com o objetivo de aumentar a eletricidade disponível.

A biomassa é considerada a principal alternativa para substituir a energia produzida a partir dos combustíveis fósseis. Mas, no Brasil, o setor enfrenta problemas que desestimulam investimentos e prejudicam os negócios. Um deles é a formação de preços.

? Injetamos pouco no sistema. O setor tem a capacidade de injetar mais que uma Itaipu ? afirma o vice-presidente da Cosan, Pedro Mizutani, um dos que cobram mais apoio governamental à energia de biomassa.

Já o vice-presidente da Associação Paulista de Co-geração de Energia (Cogen), Carlos Roberto Silvestrin, acredita que o problema a ser resolvido no momento é o da precificação. Ele explica que os custos das usinas são baseados no aço, cujos preços sofreram aumento de cerca de 20%. Mizutani, da Cosan, acrescenta que o mercado livre é importante para a comercialização da energia de biomassa, mas os preços são baseados nos leilões.
 
? O mercado livre se baseia no preço de referência do leilão. Estamos buscando também vender essa energia fora do leilão para contratos de mais longo prazo, empresas de primeira linha. Há várias interessadas.

Outra dificuldade enfrentada pelos produtores de energia de biomassa são os altos custos de produção. De acordo com Pedro Mizutani, as usinas que participam do leilão devem receber investimentos de cerca de R$ 1 bilhão nos próximos anos.

Por outro lado, os custos da energia podem ser reduzidos, quando comparados com outras formas de geração, explica Carlos Roberto Silvestrini.
 
? Para garantir o nível de meta de 53% de armazenamento médio no sudeste e centro-oeste, estão sendo colocados 6 mil megawatts de térmicas em operação. Térmicas inclusive a gás que nem tem disponível. O custo a óleo é de R$ 800 reais o megawatt e o governo estabeleceu R$ 157 por uma energia disponível.

De qualquer forma, os especialistas concordam que uma mudança na matriz energética brasileira, com maior participação de fontes limpas e renováveis pode atenuar os efeitos do aquecimento global e criar um negócio promissor para o país.
 
? O problema todo é de ordem estratégica. Saber o quanto é importante incluir essa energia dentro da nossa matriz energética e entender que os preços podem ser diferenciados ? conclui o consultor em geração de energia Arthur Padovani Neto.

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