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Altos preços de fertilizantes ativa discussão sobre indústria nacional

Produtores devem ter dificuldade para fechar contas ao final da safra 2014/2015Diante da alta nos custos de fertilizantes e das incertezas do mercado dos grãos, produtores temem não fechar a conta no balanço final. Por este motivo, o setor volta a pedir mais investimentos para novas fábricas de adubo no Brasil.

O produtor rural Genésio Muller acompanha o desenvolvimento da lavoura de milho que responde bem à aplicação dos fertilizantes. O problema está na conta que aumentou entre 25% e 30%, em seis meses. O produtor comprou parte do adubo em maio e o restante no início de novembro.

– Em maio, eu comprei uma parte do adubo, o super simples paguei R$ 700. Esta semana, comprei a R$ 860 por tonelada. O MAP, paguei R$ 1.400 a tonelada em maio, esta semana complementei o que precisava a R$ 1.660. A ureia R$ 1.100, agora R$ 1.380, isso é um absurdo – reclama o produtor.

O presidente do Sindicato Rural de Cristalina, em Goiás, faz os cálculos da atual relação de preços entre commodities e fertilizantes.

– Quando nos tínhamos a soja balizada a US$ 13, US$ 14 por bushel, o preço dos fertilizantes não era tão representativo. Agora, com a soja entre US$ 9 e US$ 10 por bushel, o preço dos fertilizantes pode ser significativo na composição dos custos. O resultado para o produtor é baixo rendimento, ou até preço que não remunere os custos – explica Alécio Maróstica, presidente do Sindicato.

Nas últimas três safras, o preço dos grãos foi favorável e subiu mais do que o custo dos fertilizantes. Mas agora a situação se inverteu e os produtores estão se preparando para fechar as contas aplicando os insumos na dose certa e escalonando as compras do adubo. Com este cenário, volta para o centro do debate a dependência do Brasil, que importa cerca de 78% dos fertilizantes que consome

O diretor da Associação dos Misturadores de Adubos do Brasil (Ama Brasil) espera que os investimentos em novas fábricas, dos principais fertilizantes, entrem em atividade no país, mas faz um alerta: reduzir a dependência das importações não significa redução nos preços.

– Vai demorar 10 anos para você instalar uma indústria nacional. O produtor não vai deixar de ser abastecido, pelo preço do mercado internacional. Mesmo que você venha a produzir no Brasil, a indústria nacional vai fornecer ao produtor ao preço do mercado internacional. Essa não é uma grande preocupação para o produtor, que precisa do produto a tempo e na hora, a um preço competitivo no mercado internacional – sinaliza Carlos Florence, diretor da Ama Brasil.

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