No Estado, 72% da área de algodão é de segunda safra. O acumulado de chuva desde setembro já é de dois mil milímetros, um pouco acima da média, o que atrasou o plantio. O clima após a semeadura foi favorável para a cultura.
Os produtores mato-grossenses estão conseguindo controlar as pragas, inclusive a lagarta helicoverpa. Com um volume de chuva satisfatório, a estimativa de produtividade passou de 231 arrobas por hectare para 239 arrobas.
A precaução dos produtores, aliado ao excesso de umidade, inibiram a ação da lagarta helicoverpa, que ataca as lavouras e provoca queda na produtividade, além de prejuízos bilionários.
Na propriedade de 700 hectares do produtor José Carlos Dolphine, em Campo Verde (MT), é possível encontrar flores de algodão e maçãs do terço médio para baixo. Como houve redução de 37% da área plantada com a cultura no Estado, e há falta do produto devido à quebra na Bahia, o produtor espera que os preços se mantenham estáveis, na casa dos R$ 65,00 a arroba. A expectativa é de que a área volte a crescer na próxima safra.
Até a colheita, serão necessários pelo menos mais 40 milímetros de chuva para garantir a safra de 632 mil toneladas no Estado.