Segundo as autoridades sanitárias russas, o Brasil não teria cumprido as exigências sanitárias impostas em 2006, depois da primeira crise por causa de casos de febre aftosa. Os atuais supostos problemas sanitários, segundo disse o senador, vêm impondo perdas milionárias ao setor produtivo, em especial aos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.
– É um prejuízo enorme, de dimensões significativas e pode crescer se o Itamaraty não adotar uma postura competente nesse relacionamento com o principal importador, a Rússia. É um apelo que faço – disse.
Segundo Dias, os russos alegam que o governo brasileiro iniciou uma campanha acusando a Rússia de protecionismo, depois que aquele país publicou uma carta dizendo que o Brasil não adotou os procedimentos sanitários necessários para garantir a qualidade da carne aqui produzida. O senador sugeriu que a área técnica deixe a negociação para a diplomacia.
– A questão deve ser conduzida pela diplomacia brasileira. O Itamaraty, auxiliado pela Secretaria de Defesa Agropecuária, e com intermediação da Embaixada do Brasil na Rússia, deve ser o interlocutor junto ao governo russo para afiançar que todas as medidas cabíveis foram adotadas para atender as medidas exigidas – declarou.