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Amapá: a nova fronteira agrícola do país

Inauguração de terminal portuário de grãos no estado também deve reduzir em 20% o valor do frete para produtores de Mato Grosso

Daniel Popov. de São Paulo
O Estado do Amapá planta atualmente 14 mil hectares com soja e colhe 38 mil toneladas, números tão pequenos que nem ao menos aparecem nos levantamentos de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Mas essa realidade está prestes a mudar. Com a inauguração de um terminal de grãos no porto de Santana, localizado no sudeste do Estado, a região deve atrair investidores interessados em abrir outros 400 mil hectares para a semeadura da oleaginosa na região.

Quando o navio adentrou o porto de Santana na manhã desta quinta-feira, não demorou a receber a sua primeira carga de soja no terminal de grãos recém-inaugurado. Ao todo foram embarcados 25 mil toneladas do cereal, produzidos ali mesmo no estado, montante que representa quase 66% de toda a produção do Amapá da safra 2016/2017, colhida em setembro. “Isso é um marco histórico para o Amapá”, comemora o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Amapá (Aprosoja-AP), Daniel Sebben. “Esse terminal graneleiro representa um divisor de águas na agricultura do Estado.”

Veja abaixo o embarque da soja do Amapá no novo terminal graneleiro:

Sebben conta que a ideia inicial do empreendimento era atender a demanda por transporte portuário dos produtores de soja e milho do Mato Grosso, de Sorriso, Sinop e região Norte do estado. Segundo estimativas realizadas pela Aprosoja-AP a economia no valor do frete destas regiões até o porto de Santana pode superar a casa dos 20%. “Agora boa parte da produção que era exportada pelos portos de Santos e Paranaguá podem vir para o Amapá e gerar uma economia de 20% pelos menos”, reitera Sebben.
O transporte será realizado através da rodovia BR 163 até o município de Itaituba, no Pará e depois segue de balsa pela Hidrovia Tapajós Amazonas até o Porto de Santana. “Além de ajudar os produtores de Mato Grosso, o porto incentivará uma grande expansão da agricultura do Amapá”, afirma o executivo.

Ao que parece esse movimento de expansão já começou, e a perspectiva para a safra de soja 2017/2018, a área passe dos atuais 14 mil hectares para pouco mais de 22 mil. O estado possui aproximadamente 400 mil hectares de cerrado para futuras aberturas e expansão, com outros 600 mil para reserva legal. “São áreas com solo zerado, que precisam ser trabalhados e corrigidos. Entretanto nossa produtividade em áreas novas supera as 40 sacas por hectare”, relembra.

Já a expansão total só deve acontecer em cinco anos, depois da abertura das áreas, adaptação de cultivares para a região e adequação do calendário de plantio. “Estamos estudando adiantar a safra de soja, para produzir duas safras. Hoje, cobrimos a área com braquiária, milheto etc, na primeira safra e só depois colocamos a soja.”, conta ele. “Neste próximo ano já faremos algumas áreas de teste adiantando a soja e vendo como será o desenvolvimento.”

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