No acumulado de agosto a novembro ? os quatro primeiros meses do calendário oficial do desmatamento ? a devastação já soma 757 km², 29% maior que no mesmo período do ano passado, quando o acumulado foi de 586 km². O dado confirma a tendência de crescimento do desmate na Amazônia registrada pelo Imazon em outubro.
Os números divulgados nesta terça, dia 22, mostram que em novembro o Pará foi responsável por 69% do desmatamento, com 51 km². O Amazonas aparece em segundo lugar, com 8 km² (11% do total) de novas áreas desmatadas, seguido por Mato Grosso, com 5 km² (6% do total registrado no período).
O levantamento também destaca as áreas de florestas degradadas, ainda em processo de desmate, que em novembro somaram 29 km². Por causa da cobertura de nuvens, foi possível observar 68% da região. “A região não mapeada corresponde a grande parte do Amapá (76% do Estado) e 51% do Acre”, de acordo com o relatório.
A estimativa do Imazon é paralela aos números oficiais de alerta de desmatamento, calculados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), que só deve divulgar os dados de novembro no próximo ano.
Há um mês, o Inpe anunciou a taxa anual de desmatamento da Amazônia Legal, medida de agosto de 2008 a julho de 2009, quando a floresta perdeu 7.008 km², menor resultado dos últimos 21 anos.