Realizado pela primeira vez fora dos Estados Unidos, o evento reúne líderes políticos e das principais empresas do agronegócio na América Latina. Até esta quinta, dia 13, eles discutem o papel dos países da região no futuro da produção de alimentos.
As sugestões que saírem do encontro serão levadas para a Conferência Mundial do Fórum de Agricultura, em julho, na China. O desafio é saber como os países latinos podem ajudar a duplicar a oferta de comida nos próximos 40 anos. Atuar em conjunto é a resposta dos especialistas. Porém, a Argentina está errando o passo.
? A Argentina vai se arrepender amargamente do que está fazendo, porque outros países podem fazer as mesmas retaliações para a Argentina ? disse o ex-ministro da Agricultura Marcus Vinícius Pratini de Moraes.
? Isso contraria todo o esforço de interação, não apenas da América Latina, mas do Mercosul, em particular ? acrescentou o vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil, Luís Carlos Guedes Pinto.
Até o argentino Miguel Campos, que foi ministro da Agricultura no governo Nestor Kirchner, reprovou a ameaça do seu país de barrar as importações.
? A melhor indicação de que estamos trabalhando em uma jogada regional é que este tipo de medida não chegue a se efetivar ? concluiu o ex-ministro argentino.
As supostas barreiras comerciais mobilizaram nesta quarta a Embaixada do Brasil no país vizinho. Segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, pediu que o embaixador brasileiro na Argentina, Enio Cordeiro, sinalize que o Brasil está preocupado com a possibilidade de retaliação. Cordeiro esteve reunido durante a tarde com representantes do governo argentino para tentar resolver o impasse.