– É importante compreender que a velocidade com que tudo no mundo hoje se acelera exige que seja estabelecido um vínculo com os detentores da tecnologia. À medida que a percepção do consumidor evolui e que surgem muitas métricas que não tínhamos antes nos alimentos, a situação vai se transformando em uma grande torre de babel de informações e de confusão – avalia.
Megido defende que os participantes do processo produtivo mantenham constante contato com os segmentos responsáveis pelo desenvolvimento, controle e execução de novas tecnologias voltadas à qualidade dos produtos. Isso porque a tendência é haver uma evolução cada vez mais acelerada das ferramentas de inovação e formas de distribuição.
O especialista aponta ainda considerar impraticável a idéia de uma proibição das importações de suco de laranja no mercado norte-americano, em razão do grande volume consumido.
– As vendas para os Estados Unidos representam 15% das exportações brasileiras do suco. O que não é pouco. Entretanto, assim como todos os casos de embargo que acontecem ao longo da história, serve naquele instante e depois todos caem no mundo real. Não creio que será tomada uma medida efetiva de proibição. Até porque, nós estamos perfeitamente dentro das leis internacionais e 80% do produto americano recebe incremento de suco brasileiro. Além disso, haveria um estoque para que eles pudessem suprir em curto prazo, mas logo não haveria mais como fornecer o suficiente para atender a um mercado que, sozinho, representa 40% do consumo de todo o suco de laranja do planeta – ressalta.
Confira a entrevista concedida por Megido ao Mercado e Cia, do Canal Rural: