O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará nesta quarta, dia 10, a polêmica demarcação da área. Dos 19 mil habitantes da reserva, aproximadamente uma centena não são índios. A área corresponde a 1,67 milhão de hectares.
A comunidade indígena é a favor da demarcação em área contínua. O governo de Roraima quer que seja feita por meio de ilhas, o que impediria a retirada dos não-índios das terras. Segundo as autoridades locais, isso promoveria o desenvolvimento econômico. Se o STF mantiver a demarcação contínua, 48% do território de Roraima passarão a ser destinados a reservas indígenas.
O arrozeiro e prefeito de Pacaraima, que lidera o movimento para manter os não-índios na Raposa Serra do Sol, acredita que o plantio de arroz é a única atividade que dá lucros em Roraima. Ele diz que organizações internacionais estão manipulando os índios por interesse nas riquezas naturais do local. Paulo César Quartiero afirma que vai reagir se os índios tentarem invadir a fazenda da família.
O governador de Roraima teme conflitos na região, independente do resultado do julgamento no STF.
Nesta terça, dia 9, um grupo de índios que mora na reserva Raposa Serra do Sol voltou a protestar em Brasília. Eles estão na Capital federal para pressionar uma decisão favorável à demarcação contínua da área.