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Análise preliminar de estudo aponta aumento de nematoides nas lavouras de algodão na última década

Presença do nematoide de galha, uma das espécies que mais tira o sono do produtor, está com população alta em Mato GrossoA incidência de nematoides nas lavouras de algodão está bem maior em relação há 10 anos, apontou a análise preliminar de um estudo iniciado há dois anos pelo Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os nematoides colocam em risco a viabilidade da produção em alguns talhões.

Com as informações levantadas até agora, Galbieri afirma que a presença do nematoide de galha, uma das espécies que mais tira o sono do produtor, está com população alta em Mato Grosso.

– São dados preliminares ainda, mas já dá para observar que existe um avanço significativo do nematoide nos algodoais – analisa.

Ao final do trabalho, que está sendo financiado com recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e do próprio IMAmt – o braço tecnológico da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA) -, a equipe de pesquisadores deverá ter cerca de 2,5 mil amostras de solos e raízes dos sete núcleos regionais de Mato Grosso.

– A ideia é fazermos um raio-X do que está acontecendo no Estado no que diz respeito aos nematoides. Entendemos a gravidade do problema, que afeta diversos tipos de lavoura, mas não temos dados sobre a distribuição desses parasitas e os prejuízos causados ao cultivo algodoeiro – explica Galbieri.

O levantamento está sendo realizado em todas as regiões produtoras de algodão de Mato Grosso ao longo de duas safras agrícolas. A partir da coleta das amostras e das análises dos dados, os pesquisadores farão uma cartilha com recomendações de modo a tornar mais efetivo o manejo nas áreas de plantio, contribuindo, dessa forma, para minimizar os prejuízos causados por esses parasitas (Meloidogyne incognita, Rotylenchulus reniformis e Pratylenchus brachyurus).

De acordo com o pesquisador e fitopatologista do IMAmt, Rafael Galbieri, que está à frente do projeto, até o final deste mês, serão concluídas as coletas das amostras em todas as regiões produtoras de Mato Grosso. Depois, será iniciado o processamento e a análise dos dados. Embora a publicação dos resultados deva acontecer entre janeiro e fevereiro de 2014, o pesquisador acrescenta que algumas conclusões do estudo serão apresentadas durante o 9º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), que será realizado entre 3 e 6 de setembro, em Brasília (DF).

Toda amostragem será acompanhada por uma ficha de coleta, cuidadosamente elaborada, na qual serão relatadas informações históricas e atuais do talhão. Serão feitas análises nematológica, fitopatológica, de fertilidade de solo e física de solo (compactação), além da estimativa de produtividade nos pontos amostrados. Os pesquisadores vão correlacionar a ocorrência dos nematoides da cultura bem como as determinadas características físicas, químicas e biológicas do solo, possibilitando analisar essas relações para indicar medidas de manejo mais efetivas.

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