– Este ano solicitamos à Aprosoja o envio de amostras de cultivares de ciclo precoce, médio e tardio, de diversas regiões e municípios produtores – diz.
Conforme a entidade, o projeto “Classificação de Grãos” busca levantar informações para diferenciar o grão produzido nas diferentes regiões do Estado.
– As pesquisas norteiam o caminho que o produtor precisa seguir, dando condições e mostrando onde pode ter melhoria, além de poder ser um diferencial na hora da comercialização. Acreditamos que no futuro poderemos oferecer ao mercado um produto customizado, indicando onde está a soja com maior valor protéico ou de extração de óleo – destaca o gerente de planejamento da Aprosoja, Cid Sanches.
No ano passado, segundo as análises realizadas durante o projeto, a qualidade da soja de Mato Grosso supera a dos grãos produzidos nos Estados Unidos. Na composição do grão mato-grossense, o índice de proteína varia de 39% a 42% e de óleo entre 17% a 23%. Já em campos americanos o máximo da qualidade da soja, que são os elementos que compõem os grãos, é de 37% de proteína e 20% de óleo.
– O máximo deles (Estados Unidos) é o mínimo nosso. Conseguimos constatar que o grão da soja plantada em Mato Grosso é excelente e atende as exigências das indústrias – afirma a professora.
A coordenadora explica que os resultados são influenciados pelas condições climáticas e pelo tipo da amostra, além da maneira com que é realizada a coleta.
– Os desafios para os trabalhos deste ano são uniformizar o envio das amostras, aperfeiçoar a obtenção dos dados climáticos, aprimora a metodologia, entre outros. Cada safra apresenta uma característica e nosso objetivo final é ter um estudo aprofundado e completo da qualidade da soja produzida em Mato Grosso – aponta.