Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja nesta semana. As dicas são do analista de Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez
O início de semana não indica grandes alterações no mercado brasileiro de soja. Dólar, Chicago e prêmios operam perto da estabilidade. Diante deste quadro, os produtores se retraem e focam no plantio da nova safra, que segue adiantado.
- Sem grandes novidades, os players do mercado permanecem com as atenções voltadas para a entrada da nova safra norte-americana de soja, enquanto aguardam pelo desenrolar da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Sinais de demanda pela soja dos EUA também permanecem em foco, assim como a evolução do plantio da nova safra da América do Sul;
—————————————————————————————- - O mercado, em Chicago, chegou a esboçar uma reação na última semana amparada nas condições adversas que atrasaram os trabalhos de colheita no cinturão produtor norte-americano. Apesar disso, a pressão de entrada desta grande safra norte-americana voltou a pesar sobre o mercado. Embora possam haver perdas de produção ou de qualidade na nova safra, ainda estamos falando da maior safra da história dos EUA. Tal fato deve continuar impedindo que Chicago volte a trabalhar em patamares mais elevados;
—————————————————————————————- - A falta de acordo comercial entre EUA e China ainda é o fator fundamental mais importante que impede a retomada da linha de US$ 9 por bushel. Sem um acordo, não haverá mudança na tendência de baixa ou de lateralidade em Chicago;
—————————————————————————————- - Atenção aos sinais de demanda pela soja norte-americana. Embora os registros de exportação tenham vindo abaixo do esperado na última semana, uma recuperação é esperada, e pode ser positiva para Chicago, trazendo certo suporte, mesmo que de forma pontual.
Preços abrem sem alteração em Chicago
Os contratos da soja em grão registram preços estáveis nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). Mais cedo, o mercado chegou a operar em queda, pressionado pela disputa comercial entre os Estados Unidos e a China – fato que reduz a demanda pelo produto norte-americano. Porém, o mercado reagiu, buscando uma recuperação frente às perdas das duas últimas sessões
Os contratos com vencimento em novembro de 2018 operam na manhã deste segunda a US$ 8,56 por bushel, mesmo valor do fechamento anterior. O valor mínimo atingido no dia foi de US$ 8,55 por bushel e o máximo de US$ 8,58.
Já os vencimentos para janeiro de 2019 operam cotados a US$ 8,70 por bushel, com ganho de 0,25 centavo de dólar por bushel ou 0,02% sobre o fechamento anterior.
No Brasil, valores seguem em queda
Já os preços da soja no mercado interno brasileiro que acumularam queda superior a 3% na semana passada, seguem em queda. No porto de Paranaguá (PR), por exemplo, a saca ficou cotada a R$ 89,5, patamar mais baixo desde agosto. O porto de Rio Grande registrou o mesmo preço do porto paranaense.
Em Santos, os R$ 90 pagos pela saca de soja dos últimos dias não se alterou. E em praças mais distantes, como Rondonópolis (MT) a saca recuou para R$ 76. Veja abaixo os preços em outras praças!