? Eu estive recentemente em uma região importante de produção no Sudoeste do Estado e o que pude ver foi uma diminuição de área. Acredito que a Conab vá fazer um reajuste desses números no próximo levantamento. Até porquê, não se vê a possibilidade de uma colheita como foi a do ano passado ? explica.
Após o plantio, os preços do feijão voltaram a patamares mais altos. De acordo com a Sandra, a cotação do grão avançou 10% entre os dias 21 e 25 de novembro, atingindo R$ 137,50 por saca de 60 quilos.
? Evidentemente, como os preços foram muito ruins no começo de 2011, o produtor diminuiu a sua área. Não acreditava que o feijão chegasse a esse preço. Ele, inclusive, passou a apostar em culturas como o milho e a soja, que têm uma menor flutuação de preço ? argumenta.
Produtor de feijão há mais de quarenta e cinco anos, Dílson Peçanha se emociona ao falar sobre as dificuldades que enfrenta na lavoura. Nas safras passadas, dedicava seus 23 hectares de terra ao cultivo do feijão. Porém, devido aos preços baixos do grão na época do plantio, resolveu apostar no milho, que agora toma mais de 85% da área.
? Na colheita passada, o preço não compensou. Ficou bem abaixo dos R$ 100,00 e ficou difícil até mesmo compensar os custos, que aumentaram muito. Então, incentivados pelo bom preço do milho, reduzimos o feijão e plantamos mais milho ? relata.
Na opinião da analista, o mercado flutua, mas continua remunerador.
? Há uma flutuação de preços no mercado de feijão e sempre existirá. Nosso mercado funciona em função da oferta e da demanda. Porém, pelo volume de safra que temos para colher agora, o mercado vai continuar ainda firme. Ele só tem uma tendência de certa acomodação de valores depois do dia 20 de dezembro, que é quando começa a colheita do Paraná ? diz.
Em entrevista ao Rural Meio-Dia, do Canal Rural, a analista demonstra otimismo para a próxima safra de feijão, em relação aos preços. Confira o vídeo: