– A soja tem essa planilha que não fecha. Os EUA exportaram demais e há um deficit de 2,8 milhões de toneladas para cumprir com os contratos já feitos. A tendência é de estoques baixos e oferta limitada no Hemisfério Norte – aponta Ito.
O analista não acredita que isso não esteja acontecendo mas lembra que, mesmo com uma boa safra, o Brasil também têm dificuldades de embarque de grãos.
– Mesmo com safra maior no Brasil, é difícil escoar. Se consegue escoar entre cinco e seis milhões de toneladas por mês, se tudo der certo, mas a demanda mensal é maior que isso.
Clima
Além disso, o inverno severo do Hemisfério Norte aumentou a demanda para a produção de ração nos Estados Unidos, o que tem melhorado o interesse no mercado interno americano pelos grãos e contribuído para a estabilidade dos preços da soja e do milho na Bolsa de Chicago.
Outro possível impacto do clima naquele país é a substituição de áreas de milho por soja, já que o excesso de neve pode atrapalhar o plantio da safra de milho por lá. Vinicius Ito diz que ainda é cedo para saber se este cenário irá se confirmar, mas aponta que, se as condições ficarem adversas para o plantio do milho, pode ser que sobre espaço para a soja. Ainda assim, isso ainda não significaria mais oferta que demanda deste grão, pois os estoques estão apertados.