Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Analistas dizem que governo pode resolver problema do dólar

Em um comparativo com outras moedas, a brasileira foi a mais valorizada nos últimos mesesOs produtores de algodão do Brasil estão plantando menos. A queda na produção do ano passado para cá chega a 25%. Este ano, pelo levantamento do setor, vão ser produzidas no máximo 1,6 milhão de toneladas.

Para a próxima safra a cultura vai perder em área também, já que 60 mil hectares de algodão deixarão de ser plantados. O motivo é o câmbio.

? O câmbio é um dos componentes. O patamar de preços em dólar do algodão também é outro componente, e os custos de produção. É toda uma equação pra chegar e o câmbio é um fator importantíssimo nesta equação ? disse Antônio Esteve, presidente de trading.

Experiente no mercado, Antonio, diz também que a diferença do câmbio compromete a competitividade do Brasil. Em um comparativo com outras moedas, a brasileira foi a mais valorizada nos últimos meses.

? O índice do dólar no mundo de março para cá tem desvalorizado em mais ou menos 15% em relação a outras moedas. Neste intervalo, o real tem valorizado 30%. Então estamos 15% em termos relativos perdendo competitividade com outros países ? acrescentou Esteve.

Para o consumidor da cidade o câmbio desta maneira pode ser favorável para a compra de importados e para programar uma viagem, por exemplo. Entretanto, para a produção agrícola no campo certamente o impacto é negativo.

Especialistas calculam que se o dólar continuar caindo o governo vai precisar injetar no próximo ano só na produção de soja R$ 7 bilhões para equilibrar o mercado ou compensar as perdas do produtor.

? O grande fator da desvalorização do dólar é o fluxo cambial. A gente tem recebido muito dinheiro de investimento em bolsa, investimento em juros e também investimento de capital, em empresas trazendo dinheiro pra montar negócio aqui ? explicou o gerente de câmbio Mário Batistel.

De janeiro até agora, segundo o analista, o dólar acumulou perdas de quase 33,82%. No primeiro dia de janeiro, a moeda valia R$ 2,33. Agora, ela está na faixa de R$ 1,74 e vai cair mais.

? Enquanto o Brasil continuar exportando mais e importando pouca tecnologia ou pouco maquinário, a gente vai continuar gerando saldo positivo e isso vai continuar impactando na taxa cambial. E vai continuar caindo. A única coisa que tem pra ajudar a segurar isso é o Banco Central entrando no mercado, fazendo estes leilões diários e tentando tirar o excesso de dólar que tem no mercado pra, pelo menos, segurar um pouco esta taxa ? completou Batistel.

Para o agronegócio, especificamente, há uma outra ajuda também que poderia vir do governo.

? Alguns insumos do produtor são em dólar. Por exemplo agroquímicos, fertilizantes, mas tem outros fatores que não são. São em real como mão de obra. Há, por exemplo, o transporte e o uso de tratores e máquinas que usam óleo diesel. O governo está tendo uma vantagem no sentido de que o petróleo é cotado em dólar e ele poderia diminuir o valor do óleo diesel. Essa seria uma forma de ajudar a agricultura ? finalizou Antônio Esteve.

Sair da versão mobile