Segundo a média das expectativas de analistas consultados pela agência Dow Jones, o USDA vai estimar a produção de milho em 12,402 bilhões de bushels, o que representa queda de 0,2% em relação à projeção divulgada em outubro.
Uma safra menor nos Estados Unidos e forte demanda doméstica também devem limitar as projeções de estoques finais do USDA. As sólidas margens de lucro do processamento para produção de etanol e a contínua demanda da indústria de carnes são fortes consumidores dos estoques norte-americanos, compensando a expectativa de queda da exportação, de acordo com o presidente da corretora US Commodities, Don Roose.
Analistas preveem que o USDA vai reduzir sua estimativa para os estoques de milho em 31 de agosto de 2012, quando termina o ano-safra, para 801 milhões de bushels – queda de 7,5% em relação à previsão de outubro.
Soja
Entretanto, a agência do governo deve elevar a estimativa de oferta de soja, por causa da fraca demanda para exportação. O início mais lento do que o esperado na temporada de vendas externas dos Estados Unidos e o forte potencial exportador da safra da América do Sul podem levar o USDA a reduzir a projeção de embarques de soja, disse o analista Steve Freed, da corretora ADM Investor Services.
Notícias Relacionadas
A estimativa de produção de soja do USDA deve ficar perto daquela divulgada em outubro. Analistas esperam uma colheita de 3,059 bilhões de bushels, ante 3,060 bilhões de bushels estimados em outubro. A expectativa dos analistas é de que o USDA aumente em 15,6% sua previsão para os estoques de soja em 31 de agosto de 2012, para 185 milhões de bushels.
Trigo
No caso do trigo, o governo deve cortar sua estimativa para os estoques, em virtude de uma colheita menor. Os estoques finais devem ser estimados em 819 milhões de bushels, segundo analistas, o que representa queda de 2,2% ante outubro.
Com os atrasos na colheita deste ano, o USDA consultou novamente produtores de trigo de primavera em diversos Estados para o relatório de novembro, de modo que pode haver uma redução no número de área plantada.
A maioria dos analistas prevê uma produção menor estimada pelo USDA, mas a principal questão é sobre qual será a agressividade do corte na previsão de exportação do governo, afirmou o analista Rich Nelson, da corretora Allendale. A forte competição para exportação com os países do Mar Negro tem dificultado as vendas dos Estados Unidos.
