Para este ano, no entanto, os analistas não esperam por mais aumento dos juros básicos. Atualmente a Selic está em 13,75%. A última reunião deste ano do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a Selic, será em dezembro.
Sobre o crescimento da economia (Produto Interno Bruto – PIB), os analistas mantiveram a projeção para este ano de 5,23% e de 3% em 2009. Para o crescimento da produção industrial neste ano, os analistas aumentaram a expectativa de 5,77% para 5,8%. Em 2009, eles esperam crescimento de 3,16%, contra 3,7% da estimativa anterior.
Para este ano, os analistas projetam a dívida líquida do setor público em 39,04% do PIB, ante a expectativa anterior de 39,5%. Para 2009, a estimativa caiu de 38,5% para 38%. Quanto menor a relação entre dívida e PIB, maior é a confiança do investidor na capacidade do Brasil de honrar seus compromissos.
Os analistas mantiveram a projeção de déficit de US$ 30 bilhões no saldo das transações correntes (todas as operações do Brasil com o exterior) em 2008 e de US$ 31,65 bilhões no próximo ano.
Quanto ao superávit comercial (saldo positivo das exportações menos as importações), a estimativa para 2008 foi ajustada de US$ 23,82 bilhões para US$ 23,78 bilhões. Para 2009, subiu de US$ 13,03 bilhões para US$ 13,32 bilhões. A projeção para o investimento estrangeiro direto (dinheiro que entra na parte produtiva da economia, a chamada economia real, gerando emprego e renda) em 2008 foi mantida em US$ 35 bilhões e reduzida de US$ 26 bilhões para US$ 25 bilhões, em 2009. Para o valor do dólar no final deste ano, os analistas aumentaram a projeção de R$ 2,05 para R$ 2,10. Ao final de 2009, a estimativa do câmbio passou de R$ 2,01 R$ 2,10.