Com base na programação do embarques de navios no país, as exportações brasileiras de soja devem chegar a um total de 8,4 milhões de toneladas em julho, aponta o relatório da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Esse montante é maior dos que os 7,2 milhões de toneladas projetados para o mês no final de junho.
Segundo o diretor-geral da entidade, Sérgio Mendes, essa não é uma grande diferença e o Brasil segue vendendo a soja aproveitando os bons preços. “O Brasil segue com preços bastante atrativos para a soja e é natural que aproveitemos isso e as vendas aumentem”, diz.
Em 2019, as vendas em julho somaram 6 milhões de toneladas, bem abaixo dos patamares atuais. Em 2018, anos dos recordes de exportação, as vendas de soja ao exterior também foram menores que as desse ano, chegando em 8,2 milhões de toneladas.
No acumulado deste ano, o Brasil já vendeu ao exterior mais de 70,2 milhões de toneladas de soja. Ou seja, quase o total exportado em 2019, que somou 72,5 milhões de toneladas. Até junho, o ano passado tinha um total embarcado de 51,2 milhões de toneladas. O recorde, até então, era de 2018, que de janeiro a junho havia exportado 58,5 milhões de toneladas.
Contas para o fim do ano
A Anec projeto que o Brasil irá fechar o ano de 2020 com exportações na casa dos 78 milhões de toneladas. Fazendo as contas, do total já vendido até julho (70,2 milhões de toneladas), resta ainda 7,8 milhões de toneladas para serem distribuídas entre os cinco meses restantes. Ou seja, cada um dos meses, começando em agosto teriam um total de 1,6 milhão de toneladas para negociar.
Só que mesmo em 2019, que foi um ano mais moderado em vendas, os valores mensais foram muito superiores aos tais 1,6 milhão mensal que o país teria para vender daqui para a frente. Confira a tabela abaixo, com os comparativos de como foram as vendas de soja em cada um dos meses dos anos anteriores.