O deputado federal Sandro Alex (PPS/PR) comenta que o próximo passo será questionar a Aneel sobre como será feito o ressarcimento aos produtores rurais que foram indevidamente taxados, como aqueles que produzem flores, fumo, algodão e cultivam florestas. Ele explica que a reclassificação dos proprietários rurais começou a ser feita pelas concessionárias de energia elétrica em janeiro deste ano.
O deputado diz que uma das primeiras a aplicar as mudanças propostas pela Resolução foi a Companhia Paranaense de Energia (Copel), que enquadrou mais de 32 mil pequenos produtores de fumo como agricultura comercial. Alex diz que a tarifa dos agricultores no Paraná passou de R$ 0,17 kw/h para até R$ 0,43 kw/h. A nova classificação elevou também outras taxas, como a de iluminação pública, embora os agricultores morem em sítios.
O diretor executivo da Associação dos Produtores de Algodão de Mato Grosso (Ampa), Décio Tocantins, calcula que a reclassificação feita pela Cemat (Centrais Elétricas Mato-grossenses) resultou em gastos adicionais de R$ 20 milhões, pois muitos contratos estavam sendo revistos. Em Holambra (SP), a floricultura não chegou a ser taxada por que a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) preferiu aguardar uma definição sobre o assunto, uma vez que a Frente Parlamentar de Agropecuária estava contestando a resolução nos ministérios da Agricultura e Minas e Energia.