– Ninguém prevê uma inflação abaixo desses porcentuais para o próximo ano – disse.
Rego avaliou, no entanto, que a preocupação do setor é com a interrupção na aprovação dos pedidos de financiamento na transição entre o regulamento atual e o próximo modelo, a partir de 1º de janeiro.
– A mudança depende de novos regulamentos, de novas portarias no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e até isso chegar às agências bancárias demora, no mínimo, de 20 a 25 dias. Para nós, isso preocupa, porque ocorre no inicio da colheita da safra, pique de venda de colheitadeiras – explicou o diretor da Anfavea.
Apesar do temor, Rego disse que o anúncio das taxas do PSI para todo o ano de 2013, que terá R$ 100 bilhões em crédito, mostra a preocupação do governo em incentivar os investimentos.
– O Brasil tem déficit de investimento enorme e o próprio PIB tem crescimento baixo muito em função da queda da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – comentou.
Rego disse ainda que a Anfavea divulgará sua previsão para o setor em 2013 juntamente com as de outros veículos, na sexta, dia 7, mas que “provavelmente anunciará crescimento da demanda”. Com a taxa de 2,5% ao ano até 31 dezembro, ante 5,5% até meados deste ano, a Anfavea prevê que as vendas do setor no país em 2012 variem de uma estabilidade a um crescimento de até 5% sobre as 65,3 mil unidades de 2011.