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Em ano de crise, cadeia produtiva da cana se reúne para discutir rumos

Clube da Cana foi uma injeção de ânimo para quem enfrentou um período difícilAcontece em Guarujá, no litoral de São Paulo, o tradicional Clube da Cana. A 19ª edição do evento foi como uma injeção de ânimo para quem enfrentou um ano de crise no setor. Produtores, usineiros e empresários ligados à cana de açúcar se reuniram para discutir os problemas e avanços na área.

O presidente da FMC para América Latina disse que, apesar da fase ruim, não é hora de frear os investimentos. A multinacional agroquímica, líder no mercado de cana, deve ter, neste ano, queda de 15% nas vendas em comparação a 2013, números que serão combatidos com mais inovação.

– Nós temos toda uma linha de produtos para o solo, tanto na parte de nutrição, no avançado de plantas, quanto na parte do biológicos, combinando com os nossos inseticidas e nematicidas. Nós estamos preparando um fungicida, que o mercado de fungicida a fmc nao tem presença, está crescendo muito em cana – diz o presidente da FMC Corporation América Latina, Antônio Carlos Zem.

Para empresários e produtores a crise está no preço da commodity e no custo de produção. O diretor da Usina Laguna, de Mato Grosso do Sul, Werner Semmelroth, ressaltou a importância da qualificação de mão de obra para a redução dos gastos.

– O problema é que os equipamentos têm sofrido bastante alteração, sido melhorados. E eles têm que acompanhar essas melhorias de equipamentos. A colheita mecanizada no Estado hoje é de quase 100%. Houve uma mudança muito grande no setor, que migrou da colheita manual para a colheita mecanizada, e não acompanhou a qualificação da mão de obra.

Qualificação, mudanças nas leis trabalhistas e uma gestão mais organizada.

– A complexidade da legislação trabalhista é algo que precisa ser trabalhado, precisa ser estudado. O setor rural não pode ser tratado na área trabalhista como setor urbano. Ele tem particularidades, tem especificidades que precisam ser tratadas – afirma o diretor agrícola do Condomínio Santa Isabel, Paulo Rodrigues.

Na opinião do analista Fábio Meneghin, da Agroconsult, os usineiros passaram pela crise com um pouco mais de folga. O prejuízo maior foi causado pela seca, que diminuiu a produtividade. No próximo ano, ele espera um cenário melhor.

– A gente vê uma leve recuperação no preço do açúcar. Nos anos atuais, com preços muito baixos, é possível que haja um desestímulo na área plantada de beterraba na Europa na próxima safra e isso deve fazer com que os preços do açúcar reajam um pouquinho. Por outro lado, a gente pode observar uma elevação nos preços da gasolina aqui no Brasil já após as eleições e isso deve estimular novamente o consumo de etanol. Não estou colocando nessa conta fatores como aumento da mistura do etanol anidro e nem o retorno da Cide. Apenas o aumento da gasolina retorna um pouco o consumo pra etanol.

Assista à reportagem:

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