Atendida em outubro pela Assembleia Legislativa, a antiga reivindicação da classe ainda causa polêmica, em especial na oposição, já que autarquias como o Irga são escolhidas diretamente pelo governo, mas permite que candidatos disputem a preferência de 80 conselheiros eleitos pelos produtores de arroz do Rio Grande do Sul. A lista com os três nomes será encaminhada ao governo do Estado, que terá 30 dias para escolher entre os mais votados para dirigir a autarquia, cujo orçamento gira em torno de R$ 55 milhões anuais.
Há cinco aspirantes: os engenheiros Maurício Fischer (atual presidente) e Cláudio Evangelista Tavares, o administrador Rubens Pinho Silveira, o médico veterinário Juarez Petry de Souza e o agrônomo Sérgio Gindri Lopes. Tavares, porém, deve retirar sua candidatura como forma de apoio à permanência da atual gestão.
Entre os desafios do presidente que comandará por dois anos estão a melhoria da renda e o destino da supersafra que está por vir, explica Rafael Mallmann, diretor administrativo do Irga.
? Nos últimos cinco anos, demos um salto de 5 mil quilos para 7,5 mil por hectare. Temos agora é de tentar compor o preço interno com alta produtividade ? ressalta.
Segundo o presidente da Associação dos Arrozeiros dos municípios de Uruguaiana e Barra do Quaraí, Walter Arns, a participação dos produtores na eleição resultará em uma maior eficiência administrativa.
? Somos os verdadeiros proprietários do Irga e, assim, garantiremos uma relação mais afinada com o presidente. É um avanço democrático ? diz Arns.