Em entrevista concedida na sede da agência, Magda disse que as duas estruturas geológicas têm tamanho parecido, mas ainda há dúvidas se área de Libra é um reservatório único ou se está dividida em dois reservatórios. Neste último caso, afirmou, a diretora, as reservas podem ser menores. Os resultados do poço de Libra devem ser conhecidos em um prazo de quatro a cinco meses.
Enquanto perfura esse poço, a ANP se prepara para iniciar um teste de vazão em Franco. Magda comemorou o resultado da primeira perfuração da ANP em Santos, dizendo que Franco abre uma nova fronteira exploratória na região. Isso porque o poço atingiu uma camada rochosa chamada coquina, ainda pouco conhecida – as reservas descobertas até agora no pré-sal estão em uma rocha chamada microbiolito, mais rasa do que as coquinas.
? Encontramos uma coluna de reservatório de 272 metros (em Franco) e cerca de metade disso é coquina. A ANP, no entanto, mantém sua estimativa de reservas no pré-sal em cerca de 50 bilhões de barris de petróleo.
Após a perfuração de Libra, a ANP já se decidiu por dois novos poços na área do pré-sal da Bacia de Santos: um ao sul e outro a leste das áreas atualmente concedidas à Petrobras. Além de contribuir com o processo de capitalização da Petrobras, o trabalho tem como objetivo ampliar o conhecimento geológico sobre a região e gerar valor em futuras licitações de blocos exploratórios na área.
? Nosso trabalho aqui gerará valor em ativos da união ? disse Magda.
Os novos poços serão financiados pela própria ANP, que estuda contratar diretamente a Petrobras para o serviço. Os recursos são provenientes da parcela da participação especial destinada à ANP. Magda informou ainda que a certificação das reservas, incluindo Franco, Libra e as duas novas áreas, deve ser concluída até o final de outubro. No próximo dia 27, a ANP abre as propostas de certificadoras interessadas em participar do processo.