A ferrovia é a primeira parte de um projeto ainda maior: a Ferrovia Transcontinental (EF-354), que deve ligar o litoral do Rio de Janeiro ao Acre, interligando com a rede ferroviária do Peru até o Oceano Pacífico.
Em discussão no Palácio do Governo, foi definido que o traçado da ferrovia vai unir Lucas do Rio Verde (MT) à Campinorte (GO). Foram apresentadas três alternativas. A que fixa o trecho em 1,066 mil quilômetros tem a preferência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A ferrovia está orçada em R$ 6 bilhões. Inicialmente, deve ser construída pelo governo federal, através da estatal Valec. Há cerca de três anos, o TCU apontou diversos erros no projeto básico, e a obra não saiu do papel. O governo, então, mudou de estratégia e entregou a execução da obra para a iniciativa privada, acabando com o monopólio dos serviços ferroviários.
Além da correção das falhas apontadas pelo TCU, devem ser realizados levantamentos topográficos, geológicos e hidrológicos.
A ferrovia é uma das mais atrasadas do PAC, junto com a Norte-Sul. Outro ponto chave da Fico é a desapropriação de imóveis: a Valec chegou a apontar que, conforme o traçado escolhido, há cerca de duas mil posses no trecho da ferrovia, incluindo terras indígenas. A cidade de Paranatinga, que fica bem no meio do trajeto, tem 28 aldeias. De acordo com o prefeito Vilson Pires, a negociação com os índios deve ser tranquila.
Os produtores do Estado já amargam queda de 42% na quantidade de soja exportada no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. A diminuição foi causada por problemas de logística. Por outro lado, a discussão do projeto executivo trás novo ânimo para o setor produtivo.
A ferrovia permitirá que os grãos produzidos na região Centro-Oeste saiam em direção aos portos de São Luís (MA), Ilhéus (BA), Pecém (CE) e Suape (PE). O projeto executivo tem prazo de um ano para ser entregue.
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Os produtores do Estado já amargam queda de 42% na quantidade de soja exportada no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. A diminuição foi causada por problemas de logística. Por outro lado, a discussão do projeto executivo trás novo ânimo para o setor produtivo.
A ferrovia permitirá que os grãos produzidos na região Centro-Oeste saiam em direção aos portos de São Luís (MA), Ilhéus (BA), Pecém (CE) e Suape (PE). O projeto executivo tem prazo de um ano para ser entregue.