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Anvisa pretende limitar exposição de cigarros e derivados

Agência quer mais alertas nas embalagens e nos postos de venda para desestimular o consumoUm mais colorido do que o outro. Todos ao alcance dos olhos. Proximidade que atrai os compradores, como o aposentado Euclides de Lima, por exemplo.

? Dá mais vontade, não tenha dúvida. Eu estou querendo deixar de fumar, mas não tenho como. Essa carteira que eu comprei já é para amanhã ? diz o aposentado.

Por conta disso, a publicidade de cigarros, cigarrilhas, charutos e outros derivados do fumo deve ficar mais restrita. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) colocou em consulta pública uma proposta que limita a exposição desses produtos. O documento determina a reformulação das embalagens. Os avisos sobre as consequências do uso estarão também na frente das carteiras. Palavras, imagens ou qualquer recurso gráfico que induza ao consumo não serão permitidos. Será vetada ainda a impressão de informações quanto ao teor.

A exposição dos produtos em pontos de venda, com exceção das tabacarias, também pode ser proibida. E as propagandas de cigarros em painéis, como são feitas hoje, devem ser substituídas por mensagens de advertência sobre os malefícios do fumo.

? As finalidades dessas medidas são regulamentar os pontos de venda, acabar com a farra dos pontos de venda; acabar com a exposição de cigarros nos pontos de venda e acabar com aquela atratividade que o marketing dos pontos de venda possam estar causando para a população, principalmente às crianças e adolescentes ? diz José Agenor Álvares da Silva, diretor da Anvisa

Para Rivelino de Oliveira Bessa, subgerente de uma padaria onde são comercializados de sete a oito maços por dia, as novas regras podem refletir nas vendas.

? O cliente não vai ter certeza de que terá o cigarro à venda. Vai chegar, perguntar ao funcionário se tem o cigarro. Isso, com certeza, vai afetar a venda ? diz Bessa.

A população pode opinar sobre o assunto no site da Anvisa até o dia 1º de março. Caso aprovadas, as medidas devem entrar em vigor no segundo semestre. A partir daí, as indústrias vão ter seis meses para se adaptar.

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