O presidente da AGCO, Luis Felli, avalia que apesar dos impactos que o novo coronavírus deve causar tanto na economia brasileira, como no agronegócio, o ano deve ser marcado por maior renda ao produtor rural.
“O agro vive um momento positivo, com preços bons, uma safra recorde de soja e possivelmente também de milho. A demanda por proteína animal segue forte e temos a renda no campo aumentando na comparação com o ano passado. Isso traz uma situação positiva”, avalia. Ele pondera ainda que a China, principal cliente do Brasil, já contornou o surto da doença e voltou a operar normalmente.
Felli ressalta, no entanto, o grande desafio vivido neste momento pelas economias globais. “Os países do mundo nunca passaram por algo dessa magnitude. […] Creio que vamos passar três meses de incerteza e paralisia, mas depois o mundo se recupera e segue adiante. Então há um impacto pontual mas acreditamos que a economia mundial retoma”, finaliza.
Atividades normais
O representante de uma das maiores empresas de máquinas agrícolas ressaltou ainda que por enquanto, a empresa não pretende conceder férias coletivas aos funcionários.
“Temos um ambiente desafiador e uma situação em que o Brasil está colhendo primeira safra e plantando a segunda. Temos que ter isso em mente e manter agricultor em condição de fazer trabalho”, comenta. Ele afirma ainda que caso uma determinação do governo seja realizada no sentido de paralisar fábricas, a empresa deve aderir ao movimento.