? Como fizeram muitos dias ensolarados e com pouca chuva, as abelhas ainda conseguem trabalhar bastante ? observa o produtor.
As abelhas se abastecem num raio de três quilômetros, principalmente numa grande astrapéia na propriedade de Horn. Trata-se de uma árvore com flores rosas – mas também existem brancas – que floresce em pleno inverno e é apreciada pelos insetos.
Segundo o engenheiro agrônomo Paulo Francisco Conrad, assistente técnico da Emater Regional de Estrela, o apicultor Horn está agindo certo. Enquanto perceber que os enxames ainda localizam alimentação na natureza, não deve oferecer reforço artificial, porque ele será refugado.
Esses insetos precisam de água, carboidratos, proteínas, lipídios e sais minerais encontrados na água, no néctar das flores e no pólen. Tudo isso pode ser fornecido com um simples xarope feito de água morna e açúcar (com iguais medidas), que deve ser consumido em até dois dias. Caso contrário fermentará, trazendo prejuízos às abelhas.
? Existem várias formas de fornecer o alimento, por meio de alimentadores especialmente desenvolvidos para isto. Mas deve-se ter cuidado ao fazer esta prática. Malfeita, pode atrair formigas para a colméia e provocar problemas ? alerta Conrad.
O engenheiro agrônomo acrescenta que além da alimentação, o apicultor precisa evitar a entrada de vento frio no interior da colméia, utilizando redutores de alvado (abertura localizada na frente da caixa, na parte inferior, para entrada e saída das abelhas). Também deve facilitar a chegada de sol à colméia, assim como protegê-la da chuva. Entre outras práticas, manter o apiário sempre limpo e um rígido controle dos inimigos naturais das abelhas (formigas e traças).
Outra medida necessária, que também já vem sendo tomada por José Horn, é não colher o mel no inverno, deixando uma reserva para alimentação das colméias.