O Ministério da Saúde confirmou na manhã desta quarta-feira, 26, o primeiro caso de coronavírus no Brasil, após o paciente, de 61 anos, que esteve na região de Lombardia, no norte da Itália, entre os dias 9 e 21 de fevereiro. Ao retornar da viagem, na última sexta-feira, 21, o idoso apresentou os sinais e sintomas compatíveis com a doença. Neste domingo, 23, ao ter dado entrada no Hospital Israelita Albert Einstein, os exames confirmarem a doença, mas o governo aguardava o resultado de uma contraprova enviada ao laboratório de referência nacional, Instituto Adolfo Lutz.
“Então agora passamos por uma nova fase de providências que já começa a acontecer no sentido de mitigar os efeitos da doença”, disse o ministro Luiz Henrique Mandetta.
Também na última sexta-feira, as autoridades italianas notificaram nove óbitos, o que levou o governo brasileiro a incluir a Itália entre os países onde há risco de infecção.
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O ministro fez uma projeção de que o número de casos suspeitos no Brasil aumente nos próximos dias. Isso porque aumentou o número de países que registraram a doença. “Antes era só a China, agora iremos considerar um número maior de pessoas suspeitas ou em observação”, disse.
O governo ressaltou ainda que o paciente com o coronavírus está em isolamento domiciliar e bem. “Assim que os sintomas terminares, ele deixará de estar na situação de paciente isolado”, afirmou.
Mandetta ressaltou ainda que não se sabe a maneira que o vírus deve se comportar no Hemisfério Sul. “Agora vamos ver como a doença vai se comportar em um país tropical e em pleno verão”, disse. Ele lembrou ainda que os países que registraram a doença, como Itália, estão no inverno. “Você tem frio e a temperatura como fator”.
Segundo o Ministério da Saúde, até o momento há 20 casos suspeitos de coronavírus no Brasil, um confirmado e 59 já foram descartados.
Tecnologia
O Ministério informou ainda o desenvolvimento de um aplicativo que irá disponibilizar informações e orientações para passageiros recém-chegados no Brasil.