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Após pico na semana da Páscoa, preços do tomate recuam 40% no atacado

Baixa nas cotações ocorre principalmente devido à redução da área plantada, segundo analistasOs preços do tomate estiveram em alta do início do ano até a Semana Santa, período de pico, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). De lá para cá, no entanto, os preços recuaram 40% no atacado e 43% ao produtor, conforme levantamento.

Além da oferta baixa, no final de março houve também aumento da procura. Dados do Cepea mostram que, na semana da Páscoa, o preço médio na Cegesp – preço pago por varejistas a atacadistas – chegou a R$ 108,75 a caixa de 22 kg (R$ 4,95 o quilo) e ao produtor, R$ 85,47 a caixa na média das regiões que estão em colheita – a caixa negociada pelo produtor tem tamanho padrão, mas o peso pode variar entre as regiões. Logo depois da Páscoa, os preços passaram a cair.

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Na semana de 1º a 5 de abril, a média na Ceagesp foi de R$ 82,40 a caixa de 22 kg (R$ 3,75 o quilo), preço 24% menor que na Semana Santa. Ao produtor, a caixa esteve a R$ 70,81, queda de 18%. Nesta segunda e terça-feiras (8 e 9 de abril), o preço médio na Ceagesp foi de R$ 65 a caixa de 22 kg (R$ 2,95 o quilo) e ao produtor, R$ 48,75 a caixa, segundo dados do Cepea.

A redução dos preços nos últimos dias ocorre principalmente porque o consumidor deixou de comprar tomate, substituindo a hortaliça por outros produtos. A oferta, por sua vez, ainda segue baixa, de acordo com o Cepea. No momento, as principais regiões que abastecem o Sul e Sudeste do Brasil são: Araguari (MG), Caçador (SC), Itapeva (SP), Paty de Alferes (RJ) e Venda Nova dos Imigrantes (ES).

Redução na área plantada foi principal influenciador da alta

Conforme pesquisadores, as altas que persistiram até a Semana Santa foram motivadas principalmente pela menor oferta, que refletiu a diminuição da área cultivada nos dois últimos anos. Em 2012, a redução foi de 3%, mas a produtividade foi muito boa, resultando até mesmo em excesso de oferta, o que derrubou os preços na ocasião. O produtor descapitalizado, no entanto, diminuiu novamente o tamanho das lavouras neste ano (2013), agora em 17,5% na média das regiões que colhem neste período – dados do Cepea. Neste ano, o clima não chegou a atrapalhar, mas não ajudou como em 2012.

O forte aumento até o final de abril, portanto, foi mesmo decorrência da diminuição de área, que resulta em menos tomate, combinada ao aumento da demanda na Semana Santa.

Com os preços ao produtor e no atacado em queda, pesquisadores comentam que é de se esperar que o tomate fique mais barato também ao consumidor. A oferta deve aumentar a partir de junho, quando as regiões que produzem na safra de inverno passam a colher mais intensamente.

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