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Aprosoja Brasil critica restrição impostas pela União Europeia: 'Protecionismo disfarçado de preservação'

A União Europeia precisa entender que não é mais a metrópole do mundo e que o Brasil e deixou de ser sua colônia, diz a entidade

A Aprosoja Brasil criticou as medidas anunciadas pela Comissão Europeia para conter o desmatamento. Conhecido como ‘Acordo Verde Europeu’, o objetivo do bloco é banir as importações de produtos ligados à derrubada de florestas. “Protecionismo comercial disfarçado de preocupação ambiental. É disso que se trata a medida anunciada pela União Europeia de restringir as importações de commodities agrícolas sob o argumento de tentar conter o desmatamento”, diz, em nota, a entidade.

“A iniciativa é uma afronta à soberania nacional e coloca a conversão de uso do solo permitido em lei na mesma vala comum do desmatamento ilegal, que já é punido pela legislação ambiental brasileira”, ressalta a Aprosoja Brasil, citando que o Brasil vem trabalhando para que empresas europeias aceitem o que está estabelecido no Código Florestal, que garante a preservação de biomas, como a Amazônia.

“Sabemos que o foco dos europeus sempre foi a Amazônia e suas riquezas. No entanto, hoje se sabe que mais de 80% do bioma encontra-se preservado, da forma como os europeus encontraram quando colonizaram o país. Além disso, seja por outras leis ou pelo próprio Código Florestal, houve uma blindagem dos 80% preservados, de forma que a produção precisa ser feita nos 20% restantes”, destaca a nota.

A entidade ressalta que restringir a produção de alimentos no Brasil trará impacto direto não somente para os brasileiros, mas também aos países que são abastecidos pelo Brasil, entre eles grandes mercados na Ásia, na África e, até mesmo, na própria Europa.

“A União Europeia precisa entender que não é mais a metrópole do mundo (dona) e que o Brasil e demais países da América do Sul deixaram de ser suas colônias. Se os europeus estão preocupados com nossas florestas, eles poderiam aproveitar a qualidade de suas terras para replantar também as suas florestas e instituir como aqui a reserva legal e as áreas de proteção permanente dentro das propriedades rurais”, destaca a Aprosoja Brasil.