O Grupo de Trabalho da Soja (GTS) – instância deliberativa da moratória – entendeu que a moratória perdeu o sentido a partir da consolidação dos mecanismos de governança ambiental definidos na reforma do Código Florestal. Entre eles, destaque para o Programa de Regularização Ambiental (PRA), que tem no Cadastro Ambiental Rural (CAR) sua principal ferramenta.
Outro fator que contribuiu para o fim da moratória foi a constatação, após vários anos de acompanhamento, de que a soja não está ligada ao desmatamento na região. Recente relatório elaborado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostra que em 99,6% da área desmatada no Bioma Amazônia não havia indícios de plantio de soja. Os dados se referem ao período de 2006 a 2011.
– É por isso que acreditamos em iniciativas como o programa Soja Plus, desenvolvido em parceria entre Aprosoja e Abiove, uma vez que leva aos produtores de soja orientação e práticas sustentáveis na gestão das fazendas, com ênfase nos aspectos ambientais e trabalhistas, totalmente focado no cumprimento de nossas leis, que estão entre as mais rígidas do mundo tanto no âmbito ambiental quanto trabalhista. Lançado em 2010, o Soja Plus já está em vigor em Mato Grosso há mais de três anos – afirmou a Aprosoja.