O Brasil depende da Rússia para o fornecimento de fertilizantes utilizados em lavouras como soja e milho, principais grãos de exportação do país.
Do território russo vem 20% dos fertilizantes nitrogenados, 28% dos potássicos e 15% dos que têm fósforo em sua composição.
A soja, principal commodity brasileira, depende de adubos à base de fósforo e de potássio. O milho, especialmente, depende dos nitrogenados.
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR) enfatiza que mesmo com pouco subsídio, os produtores brasileiros são competitivos acessando mais de 200 mercados com qualidade e eficiência. País com maior área tropical do planeta, o Brasil gera mais de US$ 139 bilhões por ano em suas propriedades rurais.
“É o 4º maior exportador de produtos agropecuários, com quase US$ 101 bilhões anuais, atrás de União Europeia, Estados Unidos e China”, pontuou.
Segundo o Ministério da Agricultura, em julho de 2022, os cinco principais setores exportadores do agronegócio foram: complexo soja (participação de 42,2%); carnes (16,6%); produtos florestais (9,8%); cereais, farinhas e preparações (9,0%); e complexo sucroalcooleiro (9%).
Estes cinco agrupamentos do agro exportaram mais de US$ 1 bilhão no período e responderam, em conjunto, por 86,6% das exportações, com vendas de US$ 12,36 bilhões.
Deputada federal e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP-MS), classifica a aprovação das propostas no Senado (de pesticidas e licenciamento ambiental) como necessária e urgente.
Segundo ela, vários pontos são importantes e convergem para a diminuição do custo de produção, que têm os fertilizantes como o grande vilão desses valores.
“Buscamos pelo abastecimento dos fertilizantes durante meus tempos de ministra. A reserva de potássio que nós possuímos é a maior do mundo e não pode ficar parada. Podemos produzir potássio para suprir parte dessa demanda, isso é segurança nacional e alimentar”, frisou a parlamentar.