Contudo, o apoio à forma como a inflação tem sido combatida pelo governo caiu de 51% para 41%. Na mesma medida cresceu a desaprovação ao combate à alta dos preços – de 43% para 53%.
A política econômica do governo para reduzir a pressão de alta sobre a inflação tem sido a elevação da Selic, a taxa básica de juros da economia, que desde março já subiu 1 ponto percentual – de 11,25% para 12,25% ao ano. A pesquisa mostrou, portanto, que a aprovação à atual taxa de juros caiu de 39% para 31%.
Pessimismo com inflação é o maior da série histórica
A população também está pessimista quanto à eficácia do aumento de juros no combate à inflação. A pesquisa mostra que 65% dos entrevistados acreditam que os preços vão aumentar muito no segundo semestre – é o maior patamar da série histórica do Ibope – e apenas 12% acreditam que ela diminuirá. Para 18%, a inflação não mudará nos seis próximos meses.
A apuração do Ibope mostra também que a aprovação no combate ao desemprego caiu de 55% para 52%, enquanto a desaprovação subiu de 41% para 45%. No campo econômico, outro aspecto negativo foi a queda na aprovação sobre impostos – de 35% para 31% – e a desaprovação subiu de 60% para 63%.
O pessimismo atinge também as perspectivas sobre o desemprego. Subiu de 42% para 52% o total de entrevistados que acreditam que o desemprego aumentará muito no segundo semestre. Apenas 24% acreditam em queda do desemprego e para 21% os números do desemprego continuaram estáveis nos seis próximos meses.
Os dados são da pesquisa Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e apresentada nesta segunda-feira. O Ibope entrevistou 2002 pessoas em 141 municípios entre os dias 22 e 23 de junho. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.