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Aprovação de modelo para redução de emissões de carbono pode gerar renda ao produtor

Manutenção da mata nativa na propriedade geraria lucros aos agricultoresA possível aprovação do modelo de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação da Terra teve inicio há seis anos. O sistema possibilitaria ao produtor receber pela área preservada. A manutenção da mata nativa em uma propriedade poderia gerar renda. O produtor poderia vender os chamados créditos de carbono. Segundo especialistas, seria um incentivo ao mais a quem preserva e incentivaria o proprietário da terra e reduziria a fiscalização por parte do governo.

Há 16 anos, o produtor Antônio Donizete comprou em Atibaia, interior paulista, o primeiro lote do sítio onde planta ameixa e pêssego. Aos poucos, ampliou a área e hoje é dono de 45 hectares. A produção é de 600 toneladas por ano. Não é maior porque quase 20 hectares não podem ser utilizados. São duas reservas legais de mata nativa preservadas e averbadas de acordo com o Código Florestal Brasileiro.

A possibilidade de receber incentivo financeiro pelas reservas com a venda dos chamados créditos de carbono, não só agradam ao produtor pelo ganho econômico. Ele considera justa a proposta.

O sistema funciona colocando um valor sobre o carbono, atualmente estimado em US$ 8 por tonelada. Calcular o crédito depende de fatores como o tamanho da área e o tipo de atividade. O produtor receberia pela reserva um valor até maior do que poderia faturar caso desmatasse a área que preservou.

O consultor em sustentabilidade Laércio Bruno Filho afirma que o modelo de venda dos créditos de carbono ainda é embrionário, no Brasil, depende de aprovação federal. Mas, a médio prazo, pode ser um bom negócio para quem preserva e para quem vai pagar para manter a reserva.

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