Terminou, assim, a semana iniciada com uma queda de 777,68 pontos ou quase um 7% no Dow Jones Industrial, a maior da história ? seguida por uma alta de 4,68% ou 485,21 pontos, a maior em seis anos.
Com esses sobressaltos, a evolução dos índices nos três dias seguintes acompanhou o andamento que seguia em Washington o plano do Departamento do Tesouro americano para sanar as contas das entidades financeiras e restaurar a confiança nos bancos e o crédito.
Os operadores de Wall Street praticamente cruzaram os braços antes da votação na Câmara dos Deputados e não tiraram os olhos das televisões até ver os parlamentares darem sinal verde ao plano de resgate.
O índice Dow Jones Industrial subiu mais de 300 pontos após ter certeza de que o projeto não seria rejeitado, como ocorreu na segunda, dia 29.
Entretanto, o otimismo diluiu-se à medida que se aproximava o fechamento e os analistas lembravam que este plano não resolverá imediatamente os problemas econômicos nem a deterioração dos preços de imóveis ou a redução dos postos de trabalho.Entre estas vozes estava a do multimilionário Warren Buffett, um dos investidores mais respeitados dos Estados Unidos.
Minutos após a aprovação do plano, ele disse ao canal financeiro “CNBC” que esta “não é a panacéia” para os problemas econômicos, embora ajude a descongelar o mercado do crédito. No final do pregão, o Dow Jones Industrial perdia 1,5%, o mercado Nasdaq descia 1,48%, e o seletivo S&P 500 retrocedia 1,35%.
O fechamento negativo da bolsa reflete também que os investidores não puderam evitar os desanimadores índices de emprego, que em setembro registraram a perda de 159 mil postos, 50 mil a mais do que o previsto.
Ainda assim, o plano de resgate financeiro nos EUA e o anúncio do Wells Fargo de que compraria o Wachovia contagiaram as principais bolsas européias, que fecharam com altas consideráveis. A próxima semana será fundamental para comprovar se o plano de resgate aprovado em Washington poderá acalmar os mercados financeiros e encorajar as operações de crédito.