Conforme o acordo, os bancos terão seis anos, a partir de janeiro de 2013, para elevar progressivamente suas reservas de capital até alcançar 6% de seu balanço geral. Hoje, a determinação é de 4%. Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu e do comitê de bancos centrais e supervisores bancários que definiu as novas regras, considerou o resultado como um “fortalecimento fundamental nos padrões globais de capital”.
Conhecido como Basileia 3, o acordo é considerado a pedra fundamental das reformas financeiras propostas pelos governos em decorrência da crise de crédito provocada por práticas de risco no sistema bancário. Comprometeram-se com esse novo padrão representantes dos principais bancos centrais, inclusive o Federal Reserve, o BC dos Estados Unidos, depois de reunião em Basileia, na Suíça. O acordo será apresentado aos líderes do Grupo dos 20 países ricos e em desenvolvimento (G-20) na reunião de novembro, quando deve ser ratificado pelos governos nacionais antes de ser implementado.
Alguns bancos manifestaram preocupação com a possibilidade de que as novas normas possam afetar sua receita e obrigá-los a reduzir o crédito que alimenta o crescimento econômico, prejudicando o ritmo de recuperação global. Esse não é o caso dos bancos brasileiros, que já obedecem a padrões mais rígidos.