A alta no cultivo do algodão ocorre pelo crescimento da demanda externa, principalmente na China e Índia, e, consequentemente, pela elevação das cotações do produto nos mercados internos e externos, influenciadas pela redução dos estoques das últimas quatro safras. Os órgãos da secretaria avaliaram ainda as perspectivas de área para amendoim, arroz, batata, feijão, milho e soja.
O milho, principal cultura de grãos paulista, terá queda estimada de 2,3% na área plantada entre 2009/2010 e 2010/2011, de 589,6 mil hectares para 576 mil hectares, por conta, principalmente, do preço baixo da última safra e da previsão de estiagem. Entretanto, o preço do milho subiu nos últimos meses e a expectativa de renda voltou a animar o produtor paulista, o que pode mudar a estimativa na próxima previsão.
Analistas comentam que a área do milho só não será maior porque os produtores optaram pela soja ? grão com boa cotação no mercado internacional, além de ser mais resistente a uma possível falta de chuvas. Com isso, para a área de soja há expectativa de um crescimento 5,5% comparando-se à safra passada, de 486,5 mil hectares para 513,5 mil hectares.
O plantio de feijão das águas nesta safra ocupa 9,3% a mais de área no Estado, com 82,7 mil hectares. Preços superiores aos de um ano atrás, consumo aquecido, cotações em alta e apoio do governo à comercialização são os principais fatores de estímulo para aumento de área. As perspectivas para a safra 2010/11 de amendoim das águas apontam aumento de 4,8% na área. Para a cultura do arroz, a área plantada deve crescer 5,2% no período e, para a de batata das águas, saltar 9,7%.
Cana
O IEA e a Cati apontaram, ainda, que a safra 2010/11 de cana-de-açúcar, já próxima do final da colheita, deve ficar em 438,4 milhões de toneladas, alta de 3,6%. A área plantada cresceu 3%, para 5,7 milhões de hectares. A cultura é a principal do Estado e São Paulo é o maior produtor de cana do mundo.