Com o aumento da área, a produção brasileira de soja pode alcançar 88,4 milhões de toneladas na safra 2013/2014. Pessôa afirmou que a área de soja deve crescer ocupando áreas de pastagens, milho de verão, além de terras na região de cerrado, na nova fronteira agrícola chamada Mapitoba (junção das divisas dos Estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia).
De acordo com o executivo da Agroconsult, o dólar deve ter impacto positivo para os produtores de grãos.
– A receita (com soja) é quase toda em dólar, enquanto só alguns custos de produção são dolarizados – afirmou.
Pessôa disse, ainda, que a elevação dos custos com fertilizantes não deve ter impacto nesta safra 2013/14, já que boa parte do insumo foi comprado à vista antecipadamente. Já no caso dos defensivos, ele afirmou que os pagamentos são feitos, de forma geral, a prazo e, por isso, podem pesar nos custos de produção. A preocupação maior, no entanto, é com a safra 2014/15.
A disparada do dólar nas últimas semanas, de acordo com ele, impulsionou a comercialização da safra futura de soja. De acordo com Pessôa, o porcentual da produção da oleaginosa de Mato Grosso comercializado deve estar em quase 50%, em comparação com 28% em julho, de acordo com dado do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Milho
O executivo da Agroconsult disse esperar produção de 77 milhões de toneladas de milho na safra 2013/14, considerando a soma da primeira com a segunda safra. A redução deve ser influenciada pelos preços mais baixos, por causa da recuperação da safra norte-americana. A safra 2012/13 de milho está estimada pela Agroconsult em 81 milhões de toneladas.
O milho safrinha (safra de inverno) deve perder espaço para o algodão de segunda safra. Já a primeira safra de algodão não deve crescer significativamente, porque é mais forte na Bahia, e não em Mato Grosso, concluiu Pessôa.