O número de países que utilizaram biotecnologia em suas lavouras chegou a 25 no ano passado, com o início do plantio de culturas geneticamente modificadas na Bolívia, no Egito e em Burkina Faso. Além desses, plantaram transgênicos os Estados Unidos, Argentina, Brasil, Índia, Canadá, China, Paraguai, África do Sul, Uruguai, Filipinas, Austrália, México, Espanha, Chile, Colômbia, Honduras, República Checa, Romênia, Portugal, Alemanha, Polônia e Eslováquia.
Os maiores produtores de culturas geneticamente modificadas são os Estados Unidos, com 62,5 milhões de hectares – exatamente 50% do total?, a Argentina, com 19,1 milhões de hectares, e o Brasil, com 15,8 milhões de hectares em 2008.
As variedades com eventos combinados, que reúnem mais de uma nova características, ocuparam 22% da área total em 2008, atingindo 26,9 milhões de hectares. Em relação a 2007, a adoção desses tipos de transgênicos avançou 23,3% ou 5,1 milhões de hectares. Os agricultores americanos foram os que mais cultivaram plantas com eventos combinados.
Dos 62,5 milhões de hectares destinados aos transgênicos, 25,6 milhões ou 41% reuniam duas ou três novas características. Os países em desenvolvimento plantaram 54,5 milhões de hectares com transgênicos no ano passado, enquanto as nações desenvolvidas semearam 70,5 milhões de hectares, crescimento absoluto de cerca de 5 milhões de hectares para cada grupo na comparação com 2007. Relativamente, porém, isto mostra um avanço maior nos países em desenvolvimento, cuja área total é menor.
O valor global de mercado dos produtos geneticamente modificados atingiu US$ 7,5 bilhões em 2008, registrando um aumento de 8,7% em relação a 2007, de acordo com a consultoria agrícola escocesa Cropnosis. A soma do valor global de mercado dos produtos transgênicos conferidos nos últimos 12 anos está estimada em US$ 49,8 bilhões. Já a expectativa para 2009 gira em torno de US$ 8,3 bilhões.