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Área de milho na Argentina deve crescer 6% em 2021/22

Segundo a Bolsa de Rosário, a projeção de alta na área plantada se dá pelas melhores margens que vem sendo obtidas pela cultura

A Bolsa de Rosário estimou em relatório, divulgado nesta quinta, 12, que há uma expectativa de crescimento de 6% na área de milho a ser cultivada na Argentina em 2021/22 frente à temporada anterior, em meio às melhores margens que vem sendo obtidas pela cultura. Na safra 2021/22, o rendimento médio superou as 100 sacas de 60 quilos por hectare. Em junho, o crescimento na área era estimado em 5%.

A Bolsa de Rosário ressalta, por outro lado, que há uma preocupação com a falta de água nos próximos 10 a 15 dias e o medo de repetir uma primavera como a de 2020 acende o alerta nos produtores. De qualquer forma, há um ano, com uma situação de seca muito mais complexa e um “Niña” que fazia a Argentina temer o pior, a intenção do plantio era diminuir a área Nacional em 3%. Mas, devido aos trabalhos de satélite e outros ajustes, a campanha 2020/21 finalmente apresentou um aumento de área de 5%.

A falta de água deixou de ser um impedimento ou fator de peso para passar hectares de milho para a soja. Ao contrário, a tendência mudou e o milho oferece maior segurança de resultados em um cenário adverso. Outro fator importante para confirmar o aumento de área em 2021 é que as reservas de umidade em grande parte da região dos Pampas estão bem melhores do que há um ano. A tendência de adicionar mais milho pode ser fortalecida. As chuvas de setembro serão importantes para especificar os primeiros plantios.

De qualquer forma, os produtores também consideram planos de plantio tardio a partir de dezembro, dadas as excelentes experiências do ciclo passado. Com 7,83 milhões de hectares pretendidos, sendo 6,83 milhões de hectares para o circuito comercial, espera-se uma produção da ordem de 55 milhões de toneladas de milho em 2021/22. Há um mês esperava-se uma produção de 54 milhões de toneladas.