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Área plantada com feijão cai quase 4,5% no RS

Atual safra não ocupa mais do que 75 mil hectares, quase 200 mil hectares a menos da última décadaO levantamento da Emater aponta que o feijão semeado nas lavouras gaúchas teve um aumento de 27% na produtividade em relação à safra de verão do ano passado. O problema é que a área plantada, com pouco mais de 70 mil hectares, vem baixando ano a ano no Estado.

Em um galpão, nos fundos de casa, Jaci Schena guarda parte da colheita terminada em janeiro. O produtor de Nova Bréscia, no interior gaúcho, pensa em desistir da cultura do feijão.

? Está difícil. Se continuar assim, terei que parar. Eu sou um que vou parar. Acho que há uns 10, 12 anos, que eu estou plantando e não tem jeito. Os preços não ajudam, não adianta. Não é um serviço ruim, só que o problema é esse. Se não tem preço vai trabalhar por quê? Tem que parar ? conta o produtor.

De acordo com a Emater, a maioria dos produtores da região pensa como Jaci. Foi por isso que nas duas últimas décadas, as lavouras de Nova Bréscia, que já ocuparam 500 hectares, foram perdendo espaço para outras culturas.

? A produção era em torno de 15 mil sacos. Hoje, até as últimas estatísticas que a gente teve com o comerciante local, que ele comprou 314 sacos, o que significa praticamente 2% da produção de 15 anos atrás ? afirma o técnico agrícola Norberto de Maman.

A tendência de queda se reflete nos números do Estado. Os gaúchos chegaram a destinar 270 mil hectares para a produção de feijão na década de 70. A atual safra não ocupa mais do que 75 mil hectares, quase 200 mil hectares a menos. O preço em baixa não é o único motivo, segundo especialistas. Hoje se planta menos porque o consumo também diminuiu.

? Apesar de ser um alimento de excepcional qualidade, tem diminuído significativamente o seu consumo e inclusive com melhoria, e isso aqui é outro paradoxo, melhorou muito a questão da qualidade do grão. Nós temos tido os pesquisadores da Embrapa, dos órgãos de pesquisa, tem melhorado muito a qualidade do grão, o caldo, enfim, tem dado um feijão melhor e ao mesmo tempo tem diminuído consideravelmente o consumo. Então isto também afeta o produtor na sua expectativa em relação ao produto ? ressalta Dulphe Pinheiro Machado Neto, gerente técnico Emater-RS.

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