Na lavoura experimental do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) as plantas estão com baixo desenvolvimento vegetativo. Onde o cultivo foi feito sobre a palha do trigo a umidade do solo foi mantida. Já na área que foi utilizado apenas o plantio direto, a lavoura registrou desenvolvimento menor. E com o clima seco, os produtores têm que enfrentar o surgimento de pragas.
? A lagarta já tem aparecido. O produtor tem que fazer controle químico dessas pragas ? explica a pesquisadora Iapar Vânia Cirino
A SEAB prevê redução de 12% na área cultivada com feijão, números que podem se elevar porque no sul do Estado o plantio está começando agora. A alta do milho no mercado internacional também pressiona a redução da área.
O produtor Dirceu Santana está colhendo o feijão plantado no inverno. Para o verão não pensa em investir na cultura.
? Esse é mais para o consumo da família ? conta.
Com menor oferta, o movimento no mercado de grãos pode impulsionar os preços do feijão, projeta a engenheira agrônoma.
? Os produtores desanimaram com os preços de janeiro, que estava R$ 60, agora está em R$ 100. Esperamos que se mantenha ? ressalta Vânia.
O Paraná deve cultivar cerca de 300 mil hectares com feijão. A expectativa é de colher aproximadamente 500 mil toneladas, volume 5% menor em relação ao mesmo a safra anterior.