– A redução na área plantada vai interferir no momento da oferta. A produção vai reduzir no Brasil todo. De feijão preto e de carioca. No mundo inteiro, a China vai reduzir também em detrimento do milho, que está mais vantajoso para o produtor. Isso pode alterar e fazer os preços oscilarem bastante até a demanda e a oferta convergirem para um mesmo patamar – aponta.
O preço foi um dos grandes problemas para os agricultores em 2011. O valor mínimo estipulado pelo governo para a saca de 60 quilos era de R$ 72,00, mas os produtores chegaram a receber R$ 60,00. O produtor rural Paulo Sehn, de Santa Cruz do Sul, relata que a área cultivada de feijão em sua propriedade reduziu em 20% nos últimos três anos, ocupando, atualmente, menos de um hectare.
A colheita é manual e deve encerrar nos próximos dias. Segundo ele, a qualidade do produto é inferior à última safra, por causa da falta de umidade no solo, que prejudicou o desenvolvimento dos grãos.
– A gente está esperando o pior, se não vier chuva de acordo. Porque são dias mais compridos que nós vamos enfrentar em janeiro e fevereiro e se não tiver umidade suficiente vai ser problema. Já está ruim até agora. Em novembro e dezembro choveu pouco e em janeiro e fevereiro, com certeza, será pior – estima.